domingo, 30 de maio de 2010

FRENTE PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

Ontem, durante todo o dia, reuniram-se na UFBA, em São Lázaro, representantes de mais de cem entidades da Bahia que assinaram um termo de compromisso pelo fim da criminalização das mulheres que praticam o aborto. O evento cumpriu o objetivo de manter a articulação de mulheres de diferentes segmentos sociais na campanha que propõe que o aborto no Brasil seja legalizado.

O índice de morte de mulheres devido a complicações durante o processo abortivo é muito grande, não pelo processo em si, mas pelas condições em que o procedimento é feito. Além disso, as complicações psicológicas diante do fato de se estar comentendo um "crime" tem um efeito devastador nas mulheres, pois o tabu em torno da questão acentua mais ainda o seu desespero. A falta de uma política educacional mais incisiva e sistemática voltada para a sexualidade que seja aplicada a todos os setores, sobretudo de educação, saúde, comunicação e jurídico aumenta mais ainda os riscos e a falta de uma legislação justa recrudesce as injustiças sociais. Os representantes do legislativo, do judiciário e do executivo devem garantir que os direitos humanos sejam amplamente reconhecidos e que os problemas da população sejam atendidos e solucionados, levando-se em consideração que mais de 50% é formada por mulheres e em sua maioria negras e pobres.  

A campanha pela legalização do aborto é de âmbito nacional e conta com a participação de mulheres e homens comprometidos pelo enfrentamento de um problema social gravíssimo que é a morte de mulheres por conta de abortos mal feitos, escondidos devido a uma legislação brasileira caduca e incoerente que impede que a mulheres possam exercer o livre arbítrio de decidir por fazer ou não o aborto. Diante desse fato, é que uma articulação ampla tem sido feita com o propósito de garantir que a vontade da mulher seja respeitada e que a maternidade seja uma escolha livre, consciente e desejada.


Diversidades I

Diversidades II

Diversidades III

Diversidade IV

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